Afaste-se do celular o máximo que puder
Resolução "californiana" de Ano Novo: afaste-se do celular o máximo que puder
Na semana passada o Departamento de Saúde Pública da Califórnia (DSPCA) divulgou diretrizes para o uso de telefones celulares por adultos e crianças.
A preocupação com sua utilização prolongada e riscos para a saúde não é novidade, mas o recente documento do DSPCA joga o holofote num assunto que ninguém desse mundo – em que tecnologia e portabilidade nos transformam em outros humanos – gostaria de pensar a respeito.
O problema está na energia de radiofrequência, de categoria 2 e "possivelmente associada ao câncer" segundo a Organização Mundial de Saúde.
Nosso corpo absorve essa energia quando estamos grudados nos aparelhos e isso pode gerar dados à nossas células.
A ciência ainda não tem as respostas definitivas. Um estudo completo sobre os riscos dos telefones celulares (COSMOS, link abaixo) só ficará pronto daqui a 20 anos.
De todo modo, estudos preliminares indicam aumento na incidência de câncer, alterações de comportamento, memória, deficits de aprendizado e problemas nos gametas sexuais (espermatozoides).
Assim como prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, considere para 2018 a possibilidade do seu telefone celular deixar de ser aquela prótese indissociável de seu corpo.
Para reduzir os riscos:
1. Mantenha o telefone longe da cabeça e corpo, inclusive quando estiver transmitindo ou baixando arquivos. Poucos metros já fazem uma grande diferença.
2. Quando falar ao seu celular, prefira o viva-voz ou fones de ouvido (aqueles com Bluetooth já ajudam).
3. Leve o celular em uma mochila ou bolsa e não no bolso ou sutiã.
4. Sempre que possível mantenha seu celular no "modo avião".
5. Prefira baixar vídeos e músicas antes de ouvi-los.
6. Não durma com o celular na cama ou próximo dela. De preferência deixe-o em outro cômodo, ou ao menos em "modo avião" durante toda a noite.
7. Esqueça equipamentos que prometem "reduzir a energia da radiofrequência", pois o efeito é oposto.
Os riscos para crianças são infelizmente muitos maiores, por estarem em formação e pelo tempo de exposição que terão ao longo da vida.
O guideline da California vale uma reflexão interna e eventualmente a criação de diretrizes orientadas à população brasileira e seus 243 milhões de celulares ativos.
Bibliografia:
https://www.cdph.ca.gov/…/CDPH%20Do…/Cell-Phone-Guidance.pdf
http://www.iarc.fr/en/media-centre/pr/2011/pdfs/pr208_E.pdf
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