Desde que o mundo é mundo...
Desde que o mundo é mundo, colonizadores e "vencedores" se esforçam para reescrever a história, buscando o protagonismo único e reforçando estereótipos.
Em ciência, não é diferente.
A revista The Scientist desse mês traz artigo sobre o que conhecemos atualmente como "mosaicismo cerebral".
O texto assinado por importantes pesquisadores – pelo quais aliás sempre tive apreço e respeito – ignorou 40 anos de descobertas científicas.
http://www.the-scientist.com/…
Os trabalhos seminais de Christopher Walsh, Karl Herrup, Jerold Chun, Yuri Yurov etc, além de todos os nossos artigos científicos da década passada foram omitidos.
https://scholar.google.com.br/scholar…
Ficou parecendo que a sacação de que 2 neurônios de uma mesma pessoa não são idênticos foi descoberta original de um único grupo de pesquisa.
Um desserviço aqueles que apreciam a construção coletiva do conhecimento científico.
Um outro exemplo, ocorrido também esse mês e novamente na minha querida California, foi a tentativa de apropriação do protagonismo de uma descoberta original de Thiago Souza e colaboradores no Rio de Janeiro.
http://ucsdnews.ucsd.edu/…/zika_virus_infects_developing_br…
Os artigos que descrevem pela primeira vez o efeito do antiviral sofosbuvir sobre o vírus zika foram publicados em janeiro e agosto e são 100% brasileiros.
https://www.nature.com/articles/srep40920
https://www.nature.com/articles/s41598-017-09797-8
Considera-se má conduta científica o plagio e falsificação de dados.
Ignorar a contribuição científica dos pares na construção do conhecimento ainda não é considerada má conduta, mas certamente é má fé.
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