Domingo dê um abraço num eleitor do Bolsonaro
Ontem à noite encontrei dois amigos num bar. Pessoas queridas por quem nutro admiração e carinho, mas também divergências políticas.
Papo vai, papo vem, ambos declararam seus votos no candidato de extrema-direita, mesmo reconhecendo que é uma péssima escolha e que a chance de um desastre é enorme.
Justificaram a decisão motivados em arriscar em algo "novo", visto que "já sabem como seria um governo corrupto de esquerda".
Sem entrar no mérito de que um candidato que está há quase 30 anos na política não ter nada de novo, muito pelo contrário, e que para piorar é misógino, homofóbico e racista, resolvi refletir o que faz alguém em sã consciência flertar com o fascismo, arriscando o próprio futuro e de seus filhos.
Em testes de personalidade, tomadores de risco pontuam pouco nos critérios de conscienciosidade e autocontrole, alto em impulsividade e muito alto nas emoções negativas.
Aliás, as emoções negativas influenciam bastante o comportamento de risco e o funcionamento afetivo, social, cognitivo e bem-estar psicológico dependem da regulação hormonal.
De fato, existem vários correlatos hormonais a determinantes de risco.
O cortisol e a testosterona podem nos colocar em perigo enquanto a ocitocina aumenta a generosidade e a aversão ao risco.
Ao despedir-me desses meus amigos, dei um abraço apertado neles, daqueles bem fortes mesmo e que fazem liberar muita ocitocina no cérebro.
Na esperança de que não iremos nos arriscar na beira de um precipício, desejo que todos, antes de seguirem para as urnas amanhã, deem um abraço apertado em seus amigos e familiares.
P.S. Meu voto é no #Ciro12
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