A participação do Brasil não pode ser intencionalmente esquecida...
Em 2016, Amilcar Tanuri e sua equipe no Rio de Janeiro demonstraram a eficácia da cloroquina sobre o virus zika.
Participamos pontualmente desse estudo, testando a cloroquina em neuroesferas humanas infectadas.
Os resultados, todos gerados no Brasil, foram publicados numa revista científica:
Chloroquine, an Endocytosis Blocking Agent, Inhibits Zika Virus Infection in Different Cell Models
http://www.mdpi.com/1999-4915/8/12/322
E repercutiram internacionalmente, ainda como preprint:
Chloroquine Protects Against Zika In Vitro by Marcia Triunfol
Ontem a notícia voltou, requentada pela mídia especializada dos Estados Unidos, como uma "descoberta" de pesquisadores da California.
https://www.sciencedaily.com/releases/2017/11/171117085105.htm
http://www.medicalnewsobserver.com/2017/11/chloroquine-malaria-zika-treatment.html
Não pode-se tirar o mérito dos colegas de lá que confirmaram nossos achados originais e estenderam as análises para um modelo animal.
https://www.nature.com/articles/s41598-017-15467-6
É assim que a ciência avança, somando-se descobertas, mas daí a sustentar publicamente que a ideia de usar cloroquina contra o virus zika é norte-americana, são outros quinhentos.
Reconheço que muitas vezes é difícil exercer a carreira científica com humildade mas insistir no modus operandi que ignora sempre a contribuição do próximo tem outro nome.
No caso dos estudos sobre o vírus zika, a participação histórica de pesquisadores no Brasil não pode ser intencionalmente esquecida.
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